sábado, 2 de abril de 2016

BIORREMEDIAÇÃO: Entenda um pouco mais

Fonte: Google Imagens

A biorremediação é a técnica que consiste na aplicação de processos biodegradáveis no tratamento de resíduos para recuperar e regenerar ambientes (principalmente água e solo) que sofreram impactos negativos, mantendo o equilíbrio biológico em ecossistemas. Também é chamada de biotecnologia ambiental, por usar, de forma controlada, processos microbiológicos que ocorrem normalmente na natureza para remover poluentes.

Especificamente, a biorremediação atua através da introdução de processos biológicos adicionais para a decomposição dos resíduos que favorecem e incrementam a velocidade do processo natural de degradação. A grande maioria dos compostos orgânicos conhecidos, de origem animal ou vegetal, bem como muitos agentes químicos tóxicos, podem ser biodegradáveis através de técnicas de biorremediação.

Os microrganismos, agentes da biorremediação, estão presentes em todos os lugares e em populações variáveis. Porém a interferência humana no meio ambiente, particularmente a acumulação de grandes quantidades de resíduos orgânicos e de elementos tóxicos, afeta o equilíbrio ecológico de duas formas:

1.    Pode destruir um ou mais elementos da cadeia alimentar, rompendo o equilíbrio entre os organismos. Consequentemente, fontes de nutrientes não serão mais recicladas, ocorrendo acumulação de resíduos potencialmente perigosos e proliferação de organismos patogênicos;

2.    O excesso de resíduos não só destrói o equilíbrio natural em um ecossistema como também leva à destruição de habitats naturais (por exemplo, poluição da água) e coloca em risco a saúde humana.

É comum ocorrer em sistemas de tratamento de efluentes desequilíbrios no processo biológico que refletem em consequências negativas como: baixa eficiência do tratamento, exalação de odores desagradáveis, acúmulo de sólidos, depósito de gorduras, etc. Os fatores que levam a esse desequilíbrio podem ser devidos a sobrecargas, alterações bruscas de pH, concentrações excessivas de agentes de limpeza, detergentes, branqueadores, produtos químicos, pesticidas e fertilizantes sintéticos, causando reduções nas populações microbianas e queda da atividade biológica.

Uma das técnicas mais utilizadas da biorremediação é a aplicação de microrganismos selecionados (bioaumentação), que acelerem o processo de degradação da matéria orgânica, para incrementar a população microbiana no sistema de tratamento, recuperando e/ou aumentando a eficiência do processo biológico.

(via UENF)

Após um ano, uso de sacolas plásticas caiu 70% em São Paulo

Fonte: Google Imagens

Após um ano, paulistanos consomem 70% menos sacolas plásticas. As sacolas verdes e cinzas, adotadas em janeiro de 2015 na cidade de São Paulo, ajudaram a reduzir o consumo desse tipo de embalagem. O dado é da Apas (Associação Paulista de Supermercados).

As sacolinhas são bioplásticas, pois possuem 51% de matéria-prima renovável na sua composição, como cana-de-açúcar e amido de milho e, por isso, agridem menos o meio ambiente. A de cor verde é destinada somente para material reciclável como papel, plástico, vidro e garrafa PET, que deve ser limpo e acondicionado nas sacolinhas.

As sacolas plásticas verdes foram feitas especialmente para facilitar a coleta seletiva da cidade. No entanto, isso não impede que, caso não tenha uma em casa, o morador faça a separação e limpeza e use outro tipo de sacola ou saco de lixo comum.

Tão importante quanto separar é colocar os recicláveis na calçada apenas no dia e horário da coleta seletiva da sua rua. Vale lembrar que a sacolinha cinza não deve ser utilizada para essa finalidade. Quem ainda não é atendido pela coleta seletiva pode, caso deseje, levar os materiais para um Ecoponto ou Ponto de Entrega Voluntário - PEV.

Para a publicitária Alessandra Silveira, 42 anos, a sacolinha serviu como ferramenta educativa em sua casa. “O sistema de sacolinhas ajudou na conscientização da família, principalmente das crianças. Hoje, todos participam da separação e gostam de fazê-la”, diz a paulistana, moradora da Vila Mariana.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CO2 PODERÁ SER UTILIZADO COMO COMBUSTÍVEL


Já pensou como seria se o CO2 pudesse ser usado como combustível?! Pois é, encontraram uma forma de fazer isso. Um novo material que não apenas captura o dióxido de carbono (CO2) – gás que mais contribui para as mudanças climáticas – mas também o converte em combustível. Assim é o tetrâmetro de cobre, descoberto recentemente pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. O novo composto consiste em pequenos grupos de quatro átomos de cobre, unidos por uma camada fina de óxido de alumínio.
Os tetrâmeros de cobre se ligam ao CO2 e ajudam a acelerar sua conversão em metanol, que pode ser armazenado ou queimado em forma de combustível. Uma possível aplicabilidade do sistema seria sua instalação no interior de uma chaminé, a fim de capturar os gases do efeito estufa antes mesmo que eles fossem liberados na atmosfera.

Catalisador de cobre

Atualmente, o processo industrial usado para transformar dióxido de carbono em metanol usa um catalisador de cobre, óxido de zinco e óxido de alumínio. A questão é que essa tecnologia é pouco eficiente, uma vez que o número de átomos de carbono capturados pelo sistema é mínimo. Mas o catalisador criado pelos cientistas do governo americano ainda está longe de estar pronto para ser usado em larga escala.

Durabilidade incerta

Até agora, os cientistas conseguiram fabricar apenas pequenas quantidades do material, cuja durabilidade em longo prazo ainda é incerta. "Existe uma chance de que os tetrâmeros de cobre se decomponham quando colocados em um ambiente industrial. Por isso, garantir sua durabilidade é um passo crítico para o futuro da pesquisa", explica Larry Curtiss, pesquisador do Departamento de Energia americano que participou do estudo.

Fonte: EcoD /Foto: John Giles/PA

CRESCIMENTO ECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: PARADIGMA INSTALADO E PONTOS DE DIVERGÊNCIA


Os problemas ambientais atingem hoje todas as pessoas do globo terrestre, estes agravantes podem ser desde pequenos danos até catástrofes ambientais, sendo, em grande parte, iniciadas ou influenciadas por ações antrópicas. Por outro lado, as discussões ambientais não têm atingido, de forma profunda, todos os povos da terra, deixando uma grande lacuna entre o conhecimento do desenvolvimento sustentável e do consumismo.
De acordo com Pires (1998), o desenvolvimento sustentável permaneceu de forma marginal ao se formular seu conceito, pois houve uma tentativa de associar desenvolvimento econômico a ele, estando esse fator, atrelado como condição e objetivo principal. Não obstante, há uma enorme discrepância de ideologias entre ‘crescimento econômico’ e ‘desenvolvimento sustentável’, onde o primeiro realiza o contrário do que prega o segundo.
Temos, portanto, no crescimento econômico, o forte e inegável apelo ao consumismo que quase sempre é propagado de forma a ocultar os prejuízos e os impactos negativos deixados no meio. Este dissemina a aquisição desenfreada de bens de consumo e promove a contínua extração de recursos naturais, minando-os de forma perversa. Isso nos leva a se perguntar: pode haver, de fato, crescimento econômico sustentável? Isso vai depender do que é considerado ‘desenvolvimento sustentável’ dentro do viés econômico.
De acordo com o Relatório Brundtland (1987), desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprirem suas próprias necessidades”. Isso, conforme pontuam Struett e Costa (2014), não abarca todos os seres vivos do planeta, mas apenas os seres humanos, o que coloca o homem, mais uma vez, como centro do universo.
Numa melhor conceituação, o DATAPREV (2012) citado por Struett e Costa (2014) considera desenvolvimento sustentável como um fator que deve abranger diversos outros aspectos, o que é mais aceitável para a comunidade científica, pois coloca o homem inserido no ecossistema e não superior a ele. Isso deixa mais clara a ideia de que qualquer impacto que o homem provocar ao meio, seja positivo ou negativo, terá um retorno.
O desenvolvimento sustentável, em detrimento ao crescimento econômico, busca o equilíbrio entre a velocidade de uso de recursos naturais e o tempo de resiliência do planeta. Assim, o consumo seria baseado no potencial de recuperação do ambiente e proporcionaria um grande bem estar a todos os serres vivos da terra.
Dessa forma, tanto as ideologias quanto os conceitos, são grandemente divergentes na atualidade. O conceito de desenvolvimento sustentável necessita ser mudado na consciência das pessoas, a fim de que mudem suas práticas e comportamentos em prol de uma verdadeira sustentabilidade. 

REFERÊNCIAS

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Nosso futuro comum – Relatório de Brundtland. Genebra: ONU, 1987.

PIRES, Mauro de Oliveira. A Trajetória do Conceito de Desenvolvimento Sustentável na Transição de Paradigmas. In: BRAGA, Maria Lúcia de Santana; DUARTE, Laura Maria Goulart (Org.). Tristes Cerrados - Sociedade e Biodiversidade. Brasília, Paralelo 15, 1998.

STRUETT, Mirian Aparecida Micarelli; COSTA, Tiago Ribeiro. Meio ambiente e a Sociedade Sustentável. Publicação revista e atualizada, Maringá - PR, 2014. 77 p.

Rogers Nogueira
Autor do Artigo

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

IMPACTOS PROVOCADOS PELA CONSTRUÇÃO DE HIDRELÉTRICAS



Os impactos ambientais das usinas hidrelétricas são motivos de inúmeros debates atualmente. Como praticamente qualquer atividade econômica, as hidrelétricas causam impactos negativos ao ambiente. A grande questão dos cientistas é saber qual a real dimensão do impacto e como eles podem ser amenizados, já que, dentro das fontes energéticas atuais, as hidrelétricas são consideradas fontes de energia renovável, ao contrário das fontes energéticas à base de combustíveis fósseis.

Pequena observação: Dizem que energia gerada a partir de hidrelétricas é limpa e renovável, por quê? Se sabemos de todos os impactos que a construção de uma usina hidrelétrica pode causar.

A verdade é que o critério usado para dizer se um tipo ou outro de energia provém de fonte limpa e renovável está na sua “produção”, ou seja, se ela está de alguma maneira agredindo (poluindo) o meio ambiente no exato momento de sua produção.

Os primeiros impactos ambientais acontecem durante a construção das hidrelétricas. Como já foi visto, para que a usina funcione é necessário um reservatório. Sua construção acaba afetando fortemente o clima, a fauna e flora local. De uma hora para outra, a floresta vira lago. Além do desmatamento, muitas espécies acabam submersas e, consequentemente, morrem, criando uma espécie de limbo. Essa flora, em alguns casos, chega a atrapalhar o próprio funcionamento das turbinas da usina no primeiro momento, implicando em limpezas sistemáticas das mesmas. 

Muitas espécies animais acabam fugindo do seu habitat natural durante a inundação. No caso da construção da hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, um exemplo de má administração das questões ambientais na construção, cientistas relatam a fuga em massa de macacos, aves e outras espécies durante os dois meses que durou a inundação do lago de 2.430 km2. A estimativa é que apenas 1% das espécies sobreviveram em Tucuruí. Obviamente, a mitigação desse problema pode ser feita com o remanejamento antecipado das espécies, mesmo assim, algumas espécies correm o risco de não se adaptarem ao novo habitat.

Já as espécies aquáticas sofrem um impacto ainda maior. Como a hidrelétrica é composta também de uma barragem, o fluxo natural dos peixes acabam sendo interrompido drasticamente, principalmente para as espécies de piracema. A consequência é a proliferação de determinadas espécies em relação a outras. Para tentar amenizar o problema são construídas escadas nas barragens para que os peixes migratórios possam circular. A concepção de degraus é para evitar que algumas espécies morram de exaustão ao tentar repetir o seu fluxo natural de migração.

Soma-se a esse impacto, a eutrofização das águas, que é o excesso de nutrientes, aumenta a proliferação de micro-organismos, causa comum de poluição de águas, podendo causar também consequências para o homem, como, por exemplo, epidemias.
Outro problema é a mudança climática que os lagos podem causar. Afinal, como já foi dito, onde havia floresta agora há um lago, o que pode elevar a temperatura ambiente e mudar o ciclo das chuvas. 

Outra polêmica ainda inconclusa sobre os impactos ambientais de uma usina hidrelétrica é a emissão de gases poluentes. Durante suas construções e funcionamento, as usinas hidrelétricas emitem gás carbônico (CO2) e metano (CH4), dois dos principais causadores do aumento prejudicial do efeito estufa. A questão é saber se esse impacto é tão grande quanto das termoelétricas movidas a carvão mineral, consideradas atualmente, junto com os veículos à gasolina, as grandes vilãs do aquecimento global. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (Inpa) constataram que, na usina de Balbina, no Amazonas, as emissões desses gases pode chegar a ser 10 vezes maior que as das termoelétricas. Este e outros estudos, no entanto, ainda estão limitados a um determinado período de tempo.


Tirando o natural do desastre natural

A construção de represas é um feito da engenharia. São estruturas imensas e seus reservatórios represam um enorme volume de água. A represa chinesa Zipingpu, por exemplo, com profundidade equivalente a um prédio de 50 andares, tem capacidade para armazenar mais de um bilhão de metros cúbicos de água vindos do rio Minjiang. O peso e as características de lubrificação daquela água podem ter desencadeado o terremoto em 2008.

É simples se pensarmos em termos de estado natural do solo. A terra que está embaixo do rio está acostumada a suportar certa quantidade de água. A água exerce um estresse no solo e se infiltra no solo até uma determinada profundidade, dependendo do estado natural de um determinado corpo da água.

Quando um rio é represado e seu volume de água é expandido e contraído com um reservatório, suas características naturais mudam – às vezes, de maneira rápida e drástica. Nós estamos mais familiarizados com mudanças que se manifestam por meio de deslizamentos de terra, quando a água desmancha o solo que suporta pedras nas montanhas, e a elevação e diminuição sazonais da água de reservatórios exerce pressão variável sobre a terra. Em 1963, um dos piores deslizamentos de terra da história ocorreu no norte da Itália e devastou uma vila inteira com 2.500 pessoas. Isso ocorreu quando 300 milhões de metros cúbicos de rochas caíram no reservatório Vaiont formando uma onda que superou a represa de 261 metros e varreu a cidade localizada rio abaixo [fonte: IR].

Dezenas de deslizamentos de terra na China foram atribuídos à construção da Hidrelétrica Três Gargantas que cruza o rio Yangtze [fonte: Hvistendahl ]. Em 2003, um mês após ser iniciado o enchimento da barragem, um deslizamento de terra matou 14 pessoas. Dezenas de outros acidentes aconteceram em 2006, depois que o nível de água aumentou novamente. Já em 2007, um ônibus foi engolido por um deslizamento.

Os mecanismos em ação quando o represamento provoca deslizamentos de terra são similares ao que causam terremotos. Mas no caso de tremores de terra, os efeitos acontecem debaixo da superfície.


Sismo induzido por reservatórios: fazendo a Terra se mover

Até recentemente, o pior terremoto atribuído à atividade de uma represa aconteceu na porção ocidental da Índia, em 1967. Três anos depois de completada a construção da represa Koyna, um terremoto atingiu a magnitude de 6,5, matando 180 pessoas.

O fenômeno de terremotos provocados por uma represa é conhecido como sismo induzido por reservatórios e, basicamente, eles acontecem da seguinte maneira: Quando uma represa é construída e seu reservatório é cheio com água, a pressão equivalente exercida na terra naquela área muda drasticamente. Quando o nível de água chega ao limite, a pressão no solo aumenta; quando o nível de água abaixa, a pressão também diminui. Essa variação causa um estresse no delicado balanço das placas tectônicas debaixo da superfície, podendo levá-las a se mover.

Outro fator é a própria água. Quando a pressão da água aumenta, mais água penetra no solo, preenchendo rachaduras e fissuras no local. Toda essa pressão da água pode expandir essas rachaduras e criar novas fissuras nas rochas, causando instabilidade no solo. Além disso, conforme a água se aprofunda, pode agir como lubrificante para as placas rochosas que estão presas apenas pela fricção. Essa lubrificação pode causar o deslizamento dessas placas.

No caso de terremotos, é difícil provar que é o culpado seja uma represa. É complicado saber exatamente o que acontece debaixo da superfície, com muitas possibilidades para levar em conta. Por exemplo, no caso do terremoto em Sichuan, em 2008, ainda não se chegou a uma conclusão. Enquanto 730 terremotos de baixa intensidade foram registrados durante o primeiro ano em que o reservatório Zipingpu foi cheio, em 2004, muitos cientistas acreditam que são necessárias mais pesquisas antes de se afirmar que a barragem está diretamente relacionada com um tremor maior [fonte: LaFraniere].

Entretanto, uma coisa que nós sabemos é que uma represa não pode causar um terremoto sozinha. Os fatores de risco, especificamente falhas instáveis, já devem estar no local. Embora, sob certas condições do local, uma represa possa causar danos mais cedo do que ocorreria naturalmente, e talvez aumentar sua intensidade - esse é o motivo do porquê construir uma represa sobre uma falha conhecida é muito perigoso.
Por isso muitos cientistas advertem sobre os terríveis resultados na Hidrelétrica Três Gargantas, na China, com a construção sobre falhas em Jiuwanxi e Zigui-Badong. Muitos dizem que é uma questão de tempo até que ocorra um terremoto de grande intensidade, possivelmente igual ao que aconteceu na Província de Sichuan, em 2008.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

PRIPYAT, CHERNOBYL

A melancolia e a desolação de Pripyat demonstrada neste pequeno vídeo que vale a pena ver. 

Link: Pripyat, Chernobyl

Breve Histórico

Chernobyl, na Ucrânia, ainda guarda as marcas da explosão do reator 4, que espalhou radiação pelo país e pelos territórios vizinhos em 26 de abril de 1986. Na época, a usina era responsável pela produção de cerca de 10% da energia utilizada na Ucrânia. Com quatro reatores e mais dois em construção, Chernobyl era um símbolo do avanço da União Soviética. As causas da tragédia nuclear ainda são motivo de discussão, alguns especialistas apontam erros humanos, enquanto outros avaliam erros no projeto, a razão mais aceita é a união das duas falhas. No dia da explosão estava agendado um procedimento de rotina no reator 4, ele seria desligado e os responsáveis aproveitaram para fazer um teste, um problema de resfriamento fez com que o teste terminasse de forma trágica. O acidente lançou 70 toneladas de urânio e 900 de grafite na atmosfera.  
Após a explosão, milhares de trabalhadores foram enviados ao local para combater as chamas e garantir a resfriação do reator. Conhecidos como “liquidadores”, esses homens perderam a vida no combate ao incêndio. Na segunda etapa, para conter a radiação, trabalhadores sem equipamento adequado passaram seis meses construindo uma estrutura de isolamento, o “sarcófago”. O alto nível de radiação afetou as regiões no entorno da usina, chegando a uma área de 100 mil km. A cidade que abrigava os trabalhadores de Chernobyl era Prypiat, construída para essa função em 1970. A orientação para deixar as casas só veio 30 horas depois do acidente, os habitantes tiveram 40 minutos para pegar os itens de maior necessidade e sair da cidade. Eles foram avisados que poderiam voltar em três dias. A área, porém, passou a fazer parte da zona de exclusão estabelecida no entorno da usina e Prypiat virou uma cidade fantasma. Os soviéticos tentaram esconder o acidente, mas os níveis de radiação foram detectados em outros países. A primeira notícia sobre a explosão saiu no dia 29, na Alemanha, três dias depois do ocorrido. A usina chegou a continuar em funcionamento, com turnos menores, e passou por dois princípios de incêndio, em 1991 e 1996. 
O governo soviético admitiu 15 mil mortes, enquanto organizações não governamentais calculam 80 mil. Segundo números oficiais, 2,4 milhões de ucranianos sofrem de problemas de saúde relacionados ao acidente. Ainda hoje, 27 anos depois, 6% do PIB ucraniano é destinado aos efeitos da tragédia, como pagamento de indenização às vítimas. Um museu foi construído na capital Kiev para lembrar Chernobyl e as pessoas afetadas pela radiação.

Para entender melhor assista todo este documentário: 

https://www.youtube.com/watch?v=iaYkMFDYptM 

Fonte: youtube, Educação Globo

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Usinas Nucleares, Por que Não?


Ultimamente temos ouvido muito sobre Usinas Nucleares. Inclusive, segundo o site da BBC Brasil, depois do ocorrido em Fukushima, 79% de brasileiros são contra a construção de novas Usinas Nucleares. Mas vamos entender melhor o porquê de tanto temor.
Antes de tudo devo dizer que a energia produzida através de reação nuclear é tida como “energia limpa”. Calma, vamos entender as razões. Até hoje o conceito de energia limpa é: aquela que não polui durante o processo de geração da energia. Temos, por exemplo, as usinas hidrelétricas, as quais produzem energia chamada de “energia limpa”. Todavia sabemos o quão extraordinários são os impactos negativos das hidrelétricas sobre o meio. Da mesma forma são as usinas nucleares, pois não poluem no momento em que geram energia. Contudo, seus resíduos jamais poderão ser destruídos ou absorvidos pelo meio ambiente. Pergunta: e o que é feito com esse resíduo? (Veja o vídeo sobre resíduos Nucleares: https://www.youtube.com/watch?v=OyFMPa5cyjE) Outro fator discutido é o nível de segurança dessas usinas. Muitos especialistas dizem ser um método com mínimas chances de dar errado e defendem a produção de energia por esse meio. Beleza. Acontece que quando ocorre algo errado, como aconteceu em Chernobyl em 26 de abril de 1986, EUA em 28 de março de 1979, Japão, 12 de março de 2011, Rússia, abril de 1993, entre tantos outros, a situação é irreversível e os impactos e prejuízos incalculáveis. Vejam este vídeo sobre a tragédia em Chernobyl e tirem suas próprias conclusões: https://www.youtube.com/watch?v=iaYkMFDYptM
Eu Ambientalista Opina: Entendemos que existem fontes de energias limpas, “realmente limpas” em abundância no meio ambiente, além disso, existem centenas de projetos interessantíssimos sobre produção limpa de energia, ou com baixo impacto. Aqui mesmo no Brasil temos ótimos inventores e projetos que realmente dariam certo, o que falta é investimento. Falta levar a sério o problema social, ambiental e econômico na produção de energias “sujas” chamadas de limpas, e, diga-se de passagem, o conceito de energia limpa precisa mudar urgentemente.
E você, o que pensa a respeito?

BIORREMEDIAÇÃO: Entenda um pouco mais

Fonte: Google Imagens A biorremediação é a técnica que consiste na aplicação de processos biodegradáveis no tratamento de resíduos p...